Serenata à Chuva, de Gonçalo Manahu na Penha

Vitória nos GT´s por cinco centésimas de segundo e primeiro duas rodas motrizes não protótipo. Foi este o balanço final de Gonçalo Manahu (Porsche 997 GT3) na primeira prova do Campeonato de Portugal de Montanha.

“Diverti-me imenso e suei frio na última subida. Quando tinha cinco segundos de vantagem, começou a chover justamente no momento em que parti e tive, acho, os dois minutos mais longos da minha, a subir a rampa e a ter a certeza de que os meus adversários estavam a fazer tempos muito melhores do que o meu…” começa por recordar o Vice-campeão em título.

Com efeito, a Rampa da Penha começou bem. Duas vitórias nos GT´s e dois quartos tempos à geral, num piso bastante mais adequado a carros de rali com tração integral, foi o balanço das duas primeiras subidas oficiais

Em termos de GT´s Gonçalo Manahu somava uma vantagem de 8,7 segundos, sobre o mais directo adversário, Adruzilo Lopes (Porsche 997 GT), que alinhava com uns pneus menos adaptados ao traçado. Ora Gonçalo Manahu emprestava um jogo ao ex-campeão nacional de ralis e quase se arrependia desse gesto.

“Estava na partida e o tempo estava cada vez mais escuro. Quando o Adruzilo partiu começaram os primeiros chuviscos e na altura em que me dão a partida, começa uma carga de água. Ia pela rampa acima a pensar que só me faltava aquilo: armo-me em bom samaritano a emprestar pneus e vem esta chuva… triste sina a minha!” recorda o piloto do Porto.

Nas contas finais a diferença saldou-se em cinco centésimas de segundo, umas das mais magras vantagens de sempre, favoráveis ao Vice-campeão em título. ”Já perdi provas por margens mínimas, desta vez ganheis por uma margem mínima. Acho que fui recompensado pelo meu gesto (risos).”

Gonçalo Manahu prepara agora a participação na Rampa da Falperra.